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Game Boy

A SEGA colhia os louros da vitória por seu videogame de 16 bits, o todo-poderoso Mega Drive/Genesis que não conhecia um concorrente à altura: até então, ela só esperava para ver que videogame sua concorrente, a Nintendo, colocaria no mercado para disputar com ela.

E vindo de um protótipo apresentado em 1987, a empresa de Mario & cia no início de 1989 não lançou um concorrente de 16 bits, mas sim um videogame para ocupar um novo nicho, o Game Boy!

Surgido do imaginário do engenheiro Gumpei Yokoi, o pequenino console foi um sucesso imediato. A idéia na verdade não era nova, dez anos antes a Milton Bradley lançara o Microvision, o primeiro videogame portátil da história, que infelizmente não fez sucesso.

Mas o Game Boy, apesar de possuir tela em preto e branco, teve diferenciais que seu antecessor não teve: era realmente portátil, cabendo facilmente no bolso, gastava pouca bateria (dava para jogar até 20 horas sem parar), e era, principalmente, barato. Além disso, assim como foi com o NES, ele teve uma grande e ótima biblioteca de jogos, tendo títulos desenvolvidos por praticamente todas as softhouses da época.

Com isso, o Game Boy logo teve suas versões de franquias famosas, como “Castlevania”, “Contra”, “Final Fantasy”, “Mega Man”, “Super Mario Bros.”, “Teenage Mutant Ninja Turtles” e “The Legend of Zelda“.

Além disso, foram produzidos para ele inúmeros acessórios, como fones de ouvido, câmera e até impressora. Mais tarde, já com o advento do Super NES, foi desenvolvido também um adaptador para que os usuários do console de 16 bits da Nintendo pudessem jogar os títulos do portátil.

Vendo o grande sucesso do mercado de portáteis, outras empresas decidiram investir na área também: a Atari lançou o Lynx ainda em 1989, a NEC o PC Engine GT em 1990 e a SEGA colocou nas prateleiras o Game Gear em 1991. Todos eram ótimos, e já de cara apresentavam o diferencial que o Game Boy não tinha, tela colorida.

Mas ninguém foi páreo para o portátil da Nintendo. O único que chegou a disputar um pouco com ele foi o Game Gear, mas mesmo assim ele sempre ficou em segundo lugar em vendas. O portátil da SEGA chegou a apresentar alguns acessórios interessantes também, sendo o mais legal deles o receptor de rádio e TV, cuja produção foi logo interrompida devido a problemas legais.

Com o passar dos anos, o Game Boy foi se modernizando também, sendo produzidas novas versões dele, como o Game Boy Light, que tinha luz de fundo para se poder jogar no escuro, o Game Boy Pocket, que era menor, mais fino e mais leve que o original. Em 1996 o console portátil tornou-se novamente um campeão de vendas com o lançamento do jogo “Pokémon”, em que o jogador capturava monstrinhos e tinha que treiná-los e evoluí-los; o sucesso do título foi tão grande que rapidamente se tornou a “menina dos olhos” da Nintendo, sendo produzidas várias continuações e sendo licenciados vários produtos, como roupas, brinquedos, calçados e até uma série animada, com temporadas que perduram até hoje.

A glória veio finalmente em 1998, com o lançamento do Game Boy Color, em que finalmente se pôde jogar em cores, incluindo todos os jogos antigos da plataforma. E no Brasil, graças a uma boa estratégia de marketing da Playtronic, o Game Boy sempre vendeu muito bem, suplantando as vendas do NES, lançado tardiamente por aqui.

O Game Boy também detém recorde, a exemplo do NES: é o console mais vendido do mundo, com mais de 130 milhões de unidades vendidas, número que ainda cresce, pois a empresa ainda não parou de fabricá-lo. Com isso, provavelmente ele tem tudo para ultrapassar o NES como o console mais longevo e duradouro da história.

E por fim, muitos se perguntam por que a Nintendo sempre investiu tanto no Game Boy, tratando-o com tanto carinho. A resposta é até simples: no período em que o PlayStation dominou o mercado de consoles caseiros, o poderoso Nintendo 64 nem sequer arranhou o reinado da Sony, apesar de ser um console superior; quem segurou as pontas da Nintendo e impediu que ela afundasse foi seu simpático portátil. Sendo assim, quem a repreenderia por gostar tanto dele, não é?

Fonte: Zine Acesso
Fabricante: Nintendo
Especificações Técnicas: Game Boy Clássico
CPU: Z80 Clock: 4.194304mhz;
RAM: 8kb
Roms: de 16k até 512k;
Video: 8kb; Som: 4 canais;
Tela: LCD de 160x144 com 4 tonalidades de cinza;
Power: 4 pilhas AA\ 35 horas.

Game Boy Pocket
Possui as mesmas configurações do Game Boy Clássico, com excessão de seu tamanho reduzido e uma tela LCD de melhor qualidade.

Game Boy Light
Possui as mesmas configurações do Game Boy Pocket, com excessão de seu tamanho que tem uns milímetros a mais, possui luz interna, que possibilita jogar no escuro e também perdeu o fundo esverdeado, que cansava a vista jogando direto.

Game Boy Color
CPU: 8-bits Z 80;
Resolução: 160x140, 32.000 cores, 56 simultâneas}
Peso: 138g
Alimentação: 2 pilhas AA;
Vida Útil da pilhas: 10 horas;
Software: Formato cartucho compatível com game boy e Game Boy pocket.